quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Mortes nas rodovias federais caem 18% no carnaval, dizem dados da PRF


Foram 192 mortos em 2012 e 157 neste ano, segundo Polícia Rodoviária.
Por milhão de veículos, taxa de redução das mortes é de 24%, diz ministro.

Felipe NériDo G1, em Brasília

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apresenta os números da operação de Carnaval nas estradas ao lado da diretora-geral da Polícia Rodoviária Federal, Maria Alice Nascimento Souza,  e de José Roberto Barroso, coordenador geral de operações da PRF (Foto: Murilo Nascimento/G1)O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo
(centro), apresenta os números da Operação Carnaval
ao lado da diretora-geral da PRF, Maria Alice Souza,
e do coordenador de operações, José Roberto
Barroso (Foto: Murilo Nascimento/G1)
O número de mortes nas estradas federais foi 18% menor no carnaval deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal divulgados nesta quinta (14).
Entre os últimos dias 8 e 13 (período da Operação Carnaval), houve 157 mortes nas rodovias federais, segundo a PRF. Em 2012, foram 192.
Os estados com mais mortes neste ano foram Minas Gerais (29), Bahia (18) e Rio Grande do Sul (14).
Do total de mortes no carnaval deste ano, 70 ocorreram em acidentes com colisão frontal, informou a PRF.
De acordo com a Polícia Rodoviária, a quantidade de acidentes diminuiu 10% – de 3.499 no ano passado para 3.149 em 2013 – e o total de feridos, 19% – de 2.207 em 2012 para 1.793 no carnaval deste ano.
Os dados foram anunciados pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em entrevista coletiva na sede do ministério, em Brasília.
MORTES EM RODOVIAS FEDERAIS NO CARNAVAL
Ano
Total de mortes
Mortes por milhão de veículos
2004
147
4,0
2005
148
3,8
2006
130
3,1
2007
145
3,2
2008
128
2,6
2009
127
2,3
2010
144
2,4
2011
216
3,3
2012
192
2,7
2013
157
2,1
Fonte: Polícia Rodoviária Federal
Embora em números absolutos a redução seja de 18%, na interpretação do ministro da Justiça, o "indicador mais preciso" é o de mortes por milhão de veículos. Esse indicador leva em conta o crescimento da frota de veículos do país ano a ano.
Por esse critério, a redução foi de 24%, segundo Cardozo – em 2012, houve 192 mortes no carnaval para uma frota de 70,5 milhões de veículos e, em 2013, 157 mortes para 76,1 milhão de veículos.
De acordo com o ministro, segundo esse indicador, o número de mortes nas rodovias federais no carnaval é o menor dos últimos dez anos. Considerado o número absoluto de mortes no feriado de carnaval, o ano com menos mortes nos últimos dez anos é 2009 (veja tabela ao lado).
Segundo o ministro, entre os fatores que contribuíram para a redução do número de mortes e de acidentes, estão o endurecimento da Lei Seca, o aumento do efetivo de policiais rodoviários e a maior fiscalização em pontos estratégicos.
“Houve grande esforço do governo, de vários ministérios, na perspectiva de buscarmos reduzir acidentes, reduzir mortes, e fazer que neste período de festas tivéssemos uma situação não tão desoladora", afirmou Cardozo.
Bebidas alcoólicas
José Eduardo Cardozo afirmou que houve aumento de fiscalização do uso de bebidas alcoólicas por motoristas em cem trechos rodoviários considerados mais críticos.

De acordo com os números da Polícia Rodoviária Federal, foram feitos 86.224 testes de consumo de bebida alcoólica, o que representa aumento de 183% na comparação com 2012.
Devido ao consumo de álcool, 1.932 motoristas foram autuados e tiveram a carteira de habilitação recolhida, dos quais 607 foram presos.
“Se alguém pensa que o rigor vai terminar depois do carnaval, esqueça [..] A fiscalização continua firme, continua rigorosa, e quem beber será punido”, disse o ministro.
As regras que endureceram a Lei Seca entraram em vigor em dezembro, após sanção pela presidente Dilma Rousseff de projeto aprovado pelo Congresso.
De acordo com José Eduardo Cardozo, o trânsito brasileiro ainda será alvo de novas mudanças legislativas. Depois da rigidez da Lei Seca, ele prevê alterações quanto às regras de ultrapassagem e às motocicletas.
"Se eu me antecipar aqui agora, eu vou estar atropelando a minha assessoria  legislativa e a PRF. Nós estamos estudando, sim,  mudanças legislativas que possam nos auxiliar nessa tarefa", afirmou o ministro.
Crédito: portal G1

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